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sexta-feira, 2 de abril de 2010

A crise chegou aos recordes

Portugal sempre foi um país de recordes. O livro de recordes do Guiness está "carregadinho" dos mais estúpidos recordes do mundo, e Portugal tem contribuído muito para essa estupidez.
Em Portugal os recordes são sempre de coisas que ainda não foram feitas porque assim não têm realmente que bater um recorde.

Poderão pensar que é fácil inventar um recorde estúpido para entrar no livro do Guiness, mas o grande problema é que, quando um português pensa num recorde estúpido para entrar no livro, os gajos do Guiness informam que já houve um outro português a inscrever esse recorde. E quando isso acontece o tuga desiste.

O tuga não foi feito para bater recordes mas para os inventar e, preferencialmente que metam comes-e-bebes. Ele é feijoadas na ponte Vasco da Gama, presuntos de 50kg, pães com chouriço gigantes, alheiras com quilómetros, bolos-rei de toneladas, frigideiras de bifanas com dez metros de largura e até o maior número de comensais de túbaros de carneiro com alho, sentados em bancos feitos com raízes de oliveira e acompanhados por muito vinho tinto que ajude a tolerar a música da irmã do Ronaldo. Ora digam lá que isto não é bonito e motivo de orgulho!

Aparece aí um gajo qualquer do Dubai a dizer que tem o maior hotel do mundo e, para não ser parvo, leva só para começar, com centenas de pessoas a enfardar colhões de carneiro com alho. Vai buscar dubaiano mariquinhas!

Um chinês aborda um tuga e diz que tem a maior barragem do mundo e o tuga deixa-o de olhos em bico quando lhe diz que já comeu feijoada com dez quilómetros e lavou os pratos com apenas um litro de detergente. O chinês até anda de lado com um recorde destes!

Bem, isto tudo para perguntar...onde raio andam os recordes? Foi a crise que fez parar este movimento de galvanização do orgulho nacional? Onde andam os cagões que se gabam de conseguir o feito de vomitar e voltar a engolir para que o recorde de degustação de tripa de porco assada figure no famoso livro dos recordes? Onde?

No dia 18 de Janeiro não fizeram o maior chouriço mouro do mundo, no Carnaval ninguém fez o maior cabeçudo do mundo e, pelo que vejo, nesta Páscoa ninguém faz o maior tabuleiro de cabrito assado no forno, o folar que leva mil ovos, o maior coelho de Páscoa feito com chícharos ou o maior ovo de Páscoa feito com cabidela de galinha. Sem a iniciativa da sociedade civil depois admiram-se que seja o Governo a fazer merda!

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