Comunicado (ridículo) à navegação

Tendo em conta os comentários carinhosos ao post “Como ser apresentadora de televisão?” e porque não tenho por hábito utilizar a caixa de comentários para responder às questões que os leitores me dão o privilégio de colocar (o blog serve para isso), resolvi republicar o post, que causou esta ligeira celeuma, revisto de acordo com o gosto do freguês. Caso hajam outros fregueses que tenham informações que possam ser acrescentadas ao post, terei muito gosto em actualiza-lo em prol da verdade (sabe-se lá de quem!).

Relativamente a algumas questões levantadas pela leitora Madalena, no caso do topless é uma prática que adoptei desde o meu nascimento. Talvez porque o meu metro e oitenta e sete, e os quase cento e quarenta quilos não favorecem o uso de biquini.
Em relação às parvoíces, felizmente, tenho o privilégio de as fazer às centenas, e nem sequer estou a contar com as minhas habituais participações em eleições, para votar em branco ou para poder escrever no boletim de voto “Emplastro ao poder” ou “Viva a liberdade que existe em todas as ilhas menos na Madeira”.

Tive também a oportunidade de colar selos em envelopes para a empresa “trabalhe em casa dobrando circulares” usando apenas o viscoso resultado da atenta leitura da Playboy onde Liliana Queiroz foi rainha. Com a Liliana Queiroz colei cerca de vinte e sete mil selos.

Mas nem tudo é bom na arte de fazer parvoíces, veja-se o caso da Madalena que afirma que o facto de terem roubado o telemóvel à Raquel Strada foi um azar. Não fossem as fotos divulgadas e a Raquel não andaria hoje a encher chouriços no verão da Sic, pedindo beijnhos aos portugueses que se queixam que ninguém faz nada neste país e que passam as tardes numa praça de um qualquer lugar, a "levar" com cantores e bandas que ninguém conhece, em vez de irem regar o feijão verde.

Esta moda de “roubaram-me o telemóvel” ou “o computador foi para reparar e copiaram os filmes em que eu depilava os pelos púbicos, barrando-os com pedigree pal para depois chamar o cão da vizinha”, parece-me das melhores estratégias para lançar uma carreira nas revistas cor-de-rosa. Pena é, que o Michael Jackson não se tenha lembrado disso. Não teria sido necessário morrer para relançar a carreira.

Agora que penso nisso, não seria má ideia para Sócrates ganhar as legislativas, se lhe “roubassem” um telemóvel com um filme onde ele perguntava à sua “assistente informática” brasileira, de nome, Peluda Oral Natural, como se acede a sites onde aparecem belas senhoras equipadas com maquinaria pesada na zona das virilhas. Bem, mas parece que de parvoíces estamos falados!

Acrescento só algumas curiosidades relacionadas com o dia-a-dia de uma amiga que tem a infelicidade de exercer medicina no sistema nacional de saúde. Nos hospitais não aparecem pessoas a dizer que lhes roubaram o telemóvel com fotos picantes, mas entram nas urgências algumas que caíram na horta e ficaram com uma cenoura enfiada no ânus, outras que amigas dos animais abordam os profissionais de saúde com caniches “atascados” no orifício logo abaixo do clítoris, ou ainda, senhoras que escorregaram na cozinha e encaixaram a “xareca” no vácuo de uma garrafa vazia de Herdade Porto da Bouga Tinto 2004. E pronto, como diria o Batista Bastos: “achei interessante trazer isto ao meu programa”.

Para terminar, digo apenas à leitora Madalena, que não pode afirmar - só porque lhe apetece - que não conheço a Raquel Strada. A admiração e estima que tenho por ela, ou talvez não, faço questão de lhe dizer pessoalmente ao invés de vir para blogs dar erros ortográficos e fazer-me passar por alguém próximo da Raquel. Mas se a Madalena trabalha realmente com a Raquel Strada e não tem nenhuma deficiência auditiva, há que lhe reconhecer o mérito em aguentar um timbre de voz capaz de fazer inveja a qualquer sirene dos bombeiros, mas sem os rotativos coloridos.

Madalena, já agora, só aqui para nós, não há hipótese de me facultar os contactos telefónicos das colegas que diz se despirem por três tostões?

Humor é humor, e a intenção primeira da escrita humorística é animar os leitores, e nada mais que isso. Se a Madalena me disser que é mau humor, acatarei, e irei dedicar-me a tirar fotos a figuras públicas que fazem parvoíces.

Amanhã será publicado o texto revisto. Espero que seja do vosso agrado.